Barbara Coimbra



Madá

coisa de orkuteiro

Tratando com o meu subjetivismo, um testemunhal como forma exata.
Que é de longe a Madá, e de perto é ser que não é. Construa a relação, desse ser que é e não é.
É como impressionismo, é Madá.
Para mim, só é de longe, e é Madá.
Cada detalhe desse rosto, que quando vi pela primeira vez tive que, compulsivamente, desenhar, trás uma fragrância diferente de Madá. Que na bochecha direita, bochecha que cai quando a boca cai quando o seu céu cai e grita histérica - É histérica, menina – mostra-me a pinta, ponto da questão que não é o ponto de vista, cuspo nessa hora, cuspo nessa hora e digo: Madá, sem ponto de vista!
Mas ela nem ouvir ouve, o que houve e há, é o suspiro de deboche, de como ela é superior a qualquer discussão e não precisa gastar seu latim com tal coisa pequena. Mas eu deixo de lado, só porque é impressionismo. Porque para mim, só é de longe, é Madá.
Mas eu gosto disso, gosto do tango argentino: seriedade, dádiva, paixão, entrega! E dos lábios,
o superior é minusculamente menor,
meticulosamente Madá,
boquinha de puta. É puta. E eu digo: puta! Ela completa com o “francesa”.
E gosto de ver como ela chora, e isso é egoísta, mas é que é realmente bonito, como o nariz fica vermelho e os olhinhos caídos se arregalam.
Deve ser isso: o olhar.
Que não é opaco como o da Rosa, mas brilha. Brilha assustadoramente, por entre os óculos escuros. E ela é para mim, expressionismo alemão.
É especial, e é só por um motivo, que tem o pescoço com fita de couro e a pinta-ponto da questão.

1 Comments:

At 11:14 AM, Anonymous Anônimo

Mais que téxti-môniau, verdade.

 

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