Barbara Coimbra



é fraco e fácil de ser forçado.

Ela tem um desenho igual o meu, e um gemido em meio a neblina de dentro do corpo, um olhar perdido de baixo da árvore se perdia nos carros, se perdia na neblina clara e espessa, neblina branca, mas tão branca quanto céu de agosto quando chove, que chove claro e espesso, chove e pinica a ponta do nariz, coça, coça... É assim quando, em agosto, chove.
Mas não era agosto. A chuva nem se notava chuva, eram uns pingos grossos e pesados, separados, às vezes sim, às vezes não. Era um dia claro e bonito de céu azul e voluntários da pátria, e nos refugiamos embaixo de uma árvore pequena e baixa O sangue da minha perna não estancava, e tinha sido um cortezinho tão pequeno, tão de leve, tão de nada... Quando ela mostrou a poesia, fiquei besta, era igual o meu sangue, mas em nanquim. Em potinho de nanquim e ponta 0.1, fraquinha..., e os desenhos... fraquinhos, apesar de tanta tinta, tanta, tanta tinta.
Mas aí a página virou. E já era de eu esperar, tudo sempre surpreende nessa menina de pena e antena laço no pescoço. Tudo sempre surpreende e é tão... É incrível como as reticências são, na verdade, interrogações, de duvidas tão duvidosas que nem se atrevem a perguntar. Elas têm medo e entalam na garganta, nem mesmo sabem o que são, nem mesmo se formulam, que na névoa de dentro do corpo, branca e espessa, nada se formula além da dúvida de se ser duvida. O monstro do Sim-Não da história do Romualdo, Vou Ali e Volto Já, que minha mãe lia pra mim quando eu era pequena.
Pequena, ele a chama de Pequena. Assustador, não?

1 Comments:

At 10:42 AM, Anonymous Anônimo

os sapos ...

 

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